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Psicoterapia para Adolescentes

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 O Adolescer

A fase chamada "adolescência", em linhas gerais, é entendida como o período de transição do indivíduo, na passagem da infância para a vida adulta. É uma fase vital para a saúde do adulto que se formará e um período de muitas transformações caracterizadas por impulsos de desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. 

As mudanças corporais nessa fase ocorrem com maior rapidez do que em qualquer outro período na vida, exceto no útero. Essa rapidez das mudanças naturalmente traz com ela uma enorme reviravolta psicológica, e por isso mesmo, é caracterizada como uma fase de muitos conflitos e dúvidas.

Durante esse período, os jovens enfrentam a busca por identidade, autonomia e estabelecimento de relações interpessoais significativas para além do âmbito familiar. Há da parte do próprio adolescente, na maioria das vezes, esforços no sentido de atender a uma série de novas expectativas que lhe são colocadas pela cultura da sua sociedade. Além disso, questões como pressões acadêmicas, autoimagem e descoberta da sexualidade tornam-se centrais.

Os desafios da adolescência e sua resolução têm um papel importantíssimo na vida futura de uma pessoa, em termos do seu caráter e do crescimento da sua personalidade. Pode-se dizer que é uma fase tão conturbada quanto emocionante que proporciona um período necessário para a reestruturação da personalidade.

 

Deste modo, é considerada uma fase muito delicada e importante no desenvolvimento do indivíduo, um período crucial durante o qual aspectos essenciais da personalidade tomam forma e, eventualmente, organizam-se em uma noção mais coerente e estável de self.

 

Quando um adolescente precisa de terapia?

Não existe um período certo para que o adolescente inicie uma  psicoterapia. Isso depende de cada caso e, em especial, do tipo de sinais que o jovem está dando de que algo não está tão bem. De qualquer modo, no geral esses sinais não  ocorrem do dia para a noite, podendo existir desde a infância, mas que com a adolescência se intensificam.

 

Há jovens que demandam acompanhamento terapêutico quando passam por uma mudança de escola, ou quando  enfrentam uma mudança hormonal brusca, como é o caso das espinhas no rosto. Outros mostram sinais mais graves, como ideações suicidas. Entre um extremo e outro, há muitos sinais de que o adolescente necessita de ajuda,  dentre eles: ansiedade, choro excessivo, rebeldia excessiva, agressividade excessiva, dificuldades de fazer e/ou manter amizades, ser vítima de bullying, apresentar comportamentos auto destrutivos (se cortar, fazer abuso de álcool ou outras drogas), apresentar  fobias,   distúrbios alimentares, etc.

O ponto principal da terapia na adolescência é acompanhar o adolescente  nos diferentes processos e tarefas emocionais e desenvolvimentais inerentes à essa  fase e ajudá-lo  a reorganizar as emoções  intensificadas em meio a tantas mudanças e conflitos. É importante lembrar que a terapia não serve para livrar o adolescente dessas emoções  nem das frustrações resultantes das dificuldades que enfrenta nessa fase, já que estas são inerentes ao desenvolvimento. A terapia constitui  uma ferramenta que apresenta possibilidades e auxilia o adolescente a aumentar seu campo reflexivo, a dar vazão a pensamentos e emoções que muitas vezes ficam represados por não ter com quem falar e a compreender melhor a si mesmo .

Penso nesse grupo como tendo, essencialmente, uma face de Janus - isto é, olhando tanto do presente para o desconhecido e, portanto, um futuro inseguro, quanto do presente de volta para o passado.  O deus romano Janus era, de fato, conhecido como o deus da Transição - daí Janeiro.
               Margot Waddell
               (On Adolescence)
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Maíra  Golovaty. Lederman  

  psicóloga  clínica 

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